Cabo, 144 anos
José Ambrósio dos Santos
Em 11.07.2021
Ainda sem poder realizar festas, de modo a evitar aglomerações em decorrência da pandemia do novo coronavírus, a Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho(PE) encontrou uma bela maneira de celebrar os 144 anos de emancipação política. Na sexta-feira (09.07) presenteou os cabenses com clipes nos quais artistas da terra e alguns convidados cantam o hino da cidade, escrito por Anita Santos de Melo e tornado oficial no final da década de 70 do século passado.
O hino – que já na primeira estrofe ressalta o feito do navegador espanhol Vicente Yáñez Pinzón, que teria desembarcado na praia de Suape em 26 de janeiro de 1500, antes, portanto, da descoberta oficial do Brasil -, é cantado nas versões oficial, frevo e forró. A versão forró tem a participação de Nando Cordel, Andreza Vieira e Cesinha. João Sales, Sevy Nascimento e Marrom Brasileiro cantam em ritmo de frevo.
Já a versão oficial foi gravada no Sítio Histórico de Nazaré, ao lado das ruínas da antiga Casa do Faroleiro, num entardecer que emoldura e dá ainda mais beleza ao clipe. Sob a regência do maestro José da Mota, a Filarmônica 15 de Novembro Cabense faz magnífica apresentação, com o hino sendo cantado por Zeca Pastory, Lidio Ricardo, Marcelo Briani, Benjavan, Monte Serrat, Larissa Gonzaga, Simone Souza e Sevy Nascimento.
“Essa produção das secretarias executivas de comunicação e de cultura foi a melhor forma de homenagear nossa cidade em tempos tão duros. É preciso resgatar a alegria em nossa cidade através da cultura e da nossa história”, considerou o secretário de Educação, Betinho Gomes.
Segue a letra do Hino do Cabo:
Melodia: Francisco P. Costa
Salve ó terra gloriosa avistada,
Num gentil espanhol acreditai…
De riquezas se fez contemplada
As belezas das praias observai!
Estribilho
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Dada com fé varonil,
Queremos que a nossa terra
Seja a mais amada do Brasil!
Vamos pois com ardente fervor
P’rá cumprir com a nossa obrigação
O primeiro nome desta terra
Foi Maria de La Consolacion!
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Dada com fé varonil,
Queremos que a nossa terra
Seja a mais amada do Brasil!
Em terreno deserto inseguro
Nesta terra a semente germinou,
No cultivo da cana de açúcar
Nosso estado entre os outros prosperou!
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Dada com fé varonil,
Queremos que a nossa terra
Seja a mais amada do Brasil!
Contemplai o seu nome geográfico
Com respeito, justiça e carinho,
Vede o nome do Santo Padroeiro…
Mas o Cabo é de Santo Agostinho!
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Dada com fé varonil,
Queremos que a nossa terra
Seja a mais amada do Brasil!
Nazaré, terra pouco habitada
Hoje é algo do passado a progredir,
Com orgulho somos os pioneiros
Porque fomos os primeiros do Brasil!
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Dada com fé varonil,
Queremos que a nossa terra
Seja a mais amada do Brasil!
Nossa terra Suape é o ideal
Por defesa perene varonil,
Com um grito de fé realizou
Patrimônio de glória do Brasil!
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Dada com fé varonil,
Queremos que a nossa terra
Seja a mais amada do Brasil!
Foto destaque: Reprodução vídeo
Parabéns, Ambrósio, pelo belo texto! A homenagem ficou realmente magnífica!
Valeu, Vera. Uma homenagem que também valoriza os artistas da terra.