ONU marca Dia Internacional para Proteger a Educação de Ataques
ONU News
Em 09.09.2021
Para assinalar o 9 de setembro, secretário-geral reforça que é necessário um ambiente seguro para garantir que crianças sigam tendo acesso à educação na pandemia e em zonas de conflito; conflitos armados causaram mais de 22 mil vítimas entre estudantes, professores e acadêmicos durante cinco anos.
Em 2020, mais de 500 escolas foram atacadas em áreas de conflito. De acordo com as Nações Unidas, o número é 17% maior que no ano anterior.
No dia Internacional para Proteger a Educação de Ataques, a organização lembra que, sem acesso à educação, uma geração pode crescer sem alfabetização. Esse cenário agravaria a situação de milhões de crianças e suas famílias.
Agenda pública
Nas comemorações de 9 de setembro, a ONU realça a mensagem da importância de ter escolas como locais de proteção para alunos e educadores. Além disso, ressalta a necessidade de manter a educação no topo da agenda pública.
De acordo com o secretário-geral António Guterres, à medida que o mundo luta para conter a pandemia de Covid-19, os jovens em zonas de conflito continuam entre os mais vulneráveis.
Ele ainda afirma que é necessário garantir um ambiente seguro para que esses estudantes tenham acesso às habilidades que precisarão no futuro.
As Nações Unidas sublinham que a educação deve continuar a ser uma prioridade e lembram que a pandemia de Covid-19 chegou a suspender mais de 90% das escolas em todo o mundo.
Relatório
Segundo um relatório divulgado pela Coalizão Global para Proteger a Educação de Ataques, mais de 22 mil estudantes, professores e acadêmicos foram feridos, mortos ou ameaçados durante conflitos armados nos últimos cinco anos.
Entre 2015 e 2019, 93 países sofreram pelo menos um ataque relacionado à educação. Estudantes e educadores que vivem em áreas como Afeganistão, Camarões e Palestina foram os mais prejudicados.
O estudo ainda mostra que, nos últimos cinco anos, estudantes de 17 países foram recrutados por forças militares. Esses grupos usaram escolas e universidades como bases, centros de detenção e armazéns de armas em 34 nações.
Foto destaque: Unicef/Marko Kokic –