Criação de Estados palestino e israelense não oferece oportunidade de “plano B”, diz Guterres

O secretário-geral das Nações Unidas disse que “não existe plano B” para o objetivo de dois Estados: um israelense e outro palestino “vivendo lado a lado em paz” dentro de fronteiras anteriores a 1967, com Jerusalém como capital compartilhada.

António Guterres falou na abertura da primeira reunião anual do Comitê sobre o Exercício dos Direitos do Povo Palestino, em Nova Iorque.

Direito internacional

Ele destacou que é preciso que se ativem com urgência “os esforços coletivos para resolver o conflito e acabar com a ocupação”, de acordo com as resoluções da organização, do direito internacional e dos acordos bilaterais.

O apelo a ambos os lados é que alarguem os atuais contactos para as questões políticas subjacentes.

Yahya Arouri – Secretário-geral pediu que pare a atividade de assentamentos ilegais, demolições e despejos

Guterres pediu o fim de medidas unilaterais e ações ilegais que estimulam o conflito. Ele destacou que “a incitação à violência não levará a lugar algum e deve ser rejeitada por todos.”

Medidas concretas

O secretário-geral pediu que pare a atividade de assentamentos ilegais, demolições e despejos, “inclusive em Jerusalém Oriental, que minam o direito internacional humanitário e de direitos humanos e alimentam a desesperança, a animosidade e as esperanças de uma solução negociada”.

Em momento de atuação internacional para revitalizar o processo político, Guterres pediu que sejam apoiados os esforços para melhorar a situação econômica e humanitária nos territórios palestinos.

Outro apelo feito às partes é que tomem medidas concretas que permitam um retorno à via das negociações significativas e culminem com uma paz justa e duradoura.