Mulher, Saúde

OMS lança campanha para reduzir mortes maternas e neonatais

ONU News

Em 07.04.2025

Nesse Dia Mundial da Saúde, agência enfatiza que 300 mil mulheres perdem a vida, anualmente, devido à gravidez ou ao parto; mais de 2 milhões de bebês morrem no primeiro mês de vida; maioria dosóbitos ocorre durante o trabalho de parto ou logo após.

O Dia Mundial da Saúde, comemorado neste 7 de abril, é celebrado com o lançamento de uma campanha sobre saúde materna e neonatal.

Com duração de um ano, a iniciativa “Começos Saudáveis, Futuros Esperançosos” pretende reforçar a luta para acabar com as mortes maternas e neonatais evitáveis.

2 milhões de bebês morrem no primeiro mês de vida

A Organização Mundial da Saúde, OMS, e seus parceiros também compartilharão informações úteis para apoiar gestações e partos adequados ​​e uma melhor saúde pós-natal.

Com base nas estimativas mais atuais da agência, cerca de 300 mil mulheres perdem a vida devido à gravidez ou ao parto, a cada ano.

Além disso, mais de 2 milhões de bebês não sobrevivem ao primeiro mês e cerca de 2 milhões a mais são natimortos, o equivalente a aproximadamente uma morte evitável a cada 7 segundos.

Pelo menos 70% de todas as mortes maternas são devidas a causas obstétricas diretas, como hemorragia e pré-eclâmpsia. A maioria dessas mortes ocorre durante o trabalho de parto ou logo após. Mais de 40% dos casos de natimortos também são registrados nesses momentos.

Uma profissional de saúde cuida de um recém-nascido em uma incubadora na Ucrânia
Unfpa Ucrânia/Revutsky Oleksiy – Uma profissional de saúde cuida de um recém-nascido em uma incubadora na Ucrânia

Fatores de risco

Doenças infecciosas e condições de saúde pré-existentes, como anemias, HIV/AIDS, malária e diabetes, sustentam quase um quarto da mortalidade materna.

A OMS considera essencial melhorar o cuidado, a prevenção e a detecção precoce dessas condições que complicam as gestações e aumentam os riscos para milhões de pessoas ao redor do mundo.

Complicações relacionadas à prematuridade e baixo peso ao nascer são a principal causa de morte em recém-nascidos e crianças menores de cinco anos.

Como bebês pequenos e doentes exigem cuidados hospitalares, 24 horas por dia, é necessário um investimento significativo em unidades especiais de cuidados neonatais, encaminhamentos rápidos e apoio familiar.

A OMS ressalta que modelos de assistência obstétrica onde parteiras fornecem suporte contínuo a mulheres grávidas e bebês após o parto, demonstraram melhorar a sobrevivência. Além disso, essa abordagem comprovadamente reduz partos prematuros e intervenções médicas desnecessárias.

Países estão longe das metas globais

Com base nas tendências atuais, quatro em cada cinco países estão longe de atingir as metas de melhoria da sobrevivência materna até 2030, e um em cada três não conseguirá atingir as metas de redução de mortes de recém-nascidos.

A OMS ressalta que mulheres em todos os lugares precisam de cuidados de alta qualidade que as apoiem física e emocionalmente, antes, durante e depois do parto.

A agência defende que os sistemas de saúde evoluam para gerenciar os muitos problemas de saúde que impactam a saúde materna e neonatal. Isso não inclui apenas complicações obstétricas diretas, mas também condições de saúde mental, doenças não transmissíveis e planejamento familiar.

Unicef/Rahani Kaur-Uma grávida de 19 anos se prepara para dar à luz em Calcutá, Índia

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