Cepe Editora lança hoje biografia de Celso Marconi

Por

Redação, com Cepe Editora

Em 21.08.2020

5º título da Coleção Perfis, livro foi escrito pelo jornalista e cineasta Luiz Joaquim e brinda os 90 anos do biografado

Considerado o mais longevo crítico de cinema em atividade no Brasil, o pernambucano Celso Marconi é o 5º biografado da Coleção Perfis, da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). A biografia do jornalista, crítico, professor, programador, curador cinematográfico e cineasta Celso Marconi. que completará 90 anos de idade no domingo (23), será lançada hoje (21) em live no canal da Editora no YouTube. O livro Celso Marconi, o senhor do tempo, é assinado pelo também jornalista, professor, escritor e realizador Luiz Joaquim. A live começará às 17h30 e contará com a participação do autor, do biografado e do editor da Cepe, Diogo Guedes, na mediação da conversa.

Recifense nascido no Poço da Panela, Celso Marconi, tem trajetória de vida intrinsecamente ligada ao cinema e à formação de gerações de cinéfilos e cineastas em Pernambuco e se mantém em plena atividade há 66 anos ininterruptos. Tempo marcado por vigorosa contribuição, em várias frentes, que sempre convergiu para a democratização do acesso ao cinema. “Formidável é também conhecer a trajetória de Celso Marconi ao longo das quase sete décadas […] e entender que sua bandeira seguiu flamulando, coerentemente, sob o mesmo vento que sopra a ideia do cinema brasileiro como uma arte popular, para o povo e sobre o povo”, destaca o autor no livro.

Celso Marconi, o senhor do tempo é a primeira biografia de Luiz Joaquim. Autor de Cinema brasileiro nos jornais (Editora Massangana, 2018), ele levou 11 meses em um profundo mergulho no universo pessoal e profissional de Celso Marconi  para revelá-lo a partir de extensa pesquisa em livros e acervos jornalísticos, depoimentos de familiares, amigos, colegas de profissão e do próprio biografado.

“A experiência foi excitante, e não apenas do ponto de vista intelectual (pela erudição que Celso carrega com ele), mas também por me pôr à prova para tocar um projeto tão valioso em termos pessoais para o biografado – que tanto admiro – e para mim. O leitor, claro, também estava nesse horizonte. A ele me propus entregar um material sedutor, rico e, em vários sentidos, inspirador e revelador sobre a trajetória e importância de Celso”, revela Luiz Joaquim.

Em 167 páginas e com fotos do acervo pessoal, o livro evidencia  marcos da vida de Celso Marconi, referenciando-os a fatos históricos e cotidianos da cidade, do país e do mundo.  Entre tantos balizadores, a infância impactada pela morte da mãe; os sucessivos lares (e cidades) em que viveu sob a guarda de parentes; a adolescência de menino tímido que viu o mundo se revelar em tardes de leituras (Charles Dickens, Dostoievski, Jorge Amado); o envolvimento com a cena cultural recifense (que nos anos 1950 já buscava ressignificar o cinema);  a  generosa amizade com Jomard Muniz de Brito; as tantas colaborações para a cultura e para o audiovisual; a carreira jornalística estelar; os anos de chumbo e os novos espaços ocupados num mundo essencialmente digital.

Luiz Joaquim acredita que o título chega para reparar lacunas. “Entre os vários méritos que o livro resgata a Celso está a sua contribuição na formação de dezenas (ou centenas) de milhares de interessados por arte no Estado. E não apenas como um jornalista cuja proposta era difundir e promover reflexão sobre esse campo – e sempre com um pé (ou os dois) fincado(s) na responsabilidade social da arte-, mas também como curador e programador de cinema. Junto a Fernando Spencer (que também carece de uma biografia), Celso sedimentou no morador do Grande Recife, dos anos 1950 aos 2000, o hábito de sair de casa para ver e debater um filme autoral e, assim, afinar sua personalidade com o que havia de melhor no mundo. E isso não é pouco”.

 Sobre o autor

Jornalista e mestre em Comunicação,  Luiz Joaquim atuou como repórter e crítico de cinema no Jornal do Commercio (Recife, 1997-2001) e na Folha de Pernambuco (2004- 2015). Coordenou o Cinema da Fundação Joaquim Nabuco entre 2001 e 2017. Atualmente é responsável pelo bacharelado em Cinema e Audiovisual da Uniaeso e vice-presidente da Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Criador e editor do site cinemaescrito.com, também dirigiu os curtas-metragens Eiffel (2008) e O homem dela (2010).