Brasileiros apresentam na COP26 agenda com caminhos inovadores para a Amazônia
ONU News
Em 09.11.2021
Centenas de instituições da sociedade civil expõem propostas para desenvolvimento da região; agenda será apresentada em Glasgow pela copresidente do Painel de Recursos Naturais da ONU; ex-ministra Izabella Teixeira diz acreditar que grande legado do evento será conseguir que todos sigam na mesma direção.
Mais de 400 instituições da sociedade brasileira, incluindo ambientalistas, cientistas e bancos privados, levam para Glasgow o documento “Uma Concertação pela Amazônia.
A apresentação da agenda de desenvolvimento para a região acontece nesta terça-feira, 09 de novembro, na Conferência da ONU sobre Mudança Climática, COP26, e será feita pela copresidente do Painel de Recursos Naturais da ONU, Izabella Teixeira.
“Floresta de pé”
“Temos que conter esses retrocessos e trabalhar novos modelos de economia e de inclusão social, promovendo um melhor desenvolvimento humano da Amazônia. Fazendo com que essa nova maneira de produzir, e consumir e trabalhar esse crescimento econômico agregue valor a uma participação da Amazônia de maneira mais estratégica na geração do PIB brasileiro. Então estamos mexendo em renda, em erradicação da pobreza, estamos mexendo em aspectos culturais, estamos mexendo em todas as dimensões que dão a identidade de um país mais justo.”
Izabella Teixeira lembra que existem várias “Amazônias” dentro da Floresta Amazônica, que abriga 27 milhões de habitantes apenas na parte brasileira.
O documento que será apresentado na COP26 leva em conta não apenas a questão climática e de desenvolvimento, mas também os direitos dos indígenas e dos quilombolas.
Interesses
A copresidente do Painel de Recursos Naturais da ONU acredita que a COP26 será “a COP para fazer o Acordo de Paris acontecer”. Segundo a especialista, a situação não “tem mais como adiar, pois, a natureza não perdoa”.
Izabella Teixeira espera que esta semana de negociações seja marcada pela tradicional tensão política, mas também por uma vontade de “fechar um texto que traduza os interesses dos países desenvolvidos e em desenvolvimento”.
Para a ex-ministra, o grande legado de Glasgow será fazer com “que todos possam agir na mesma direção.”