ONU realiza mesa redonda feminina para marcar fim de campanha contra violência a mulheres
ONU Mulheres
Em 17.12.2021
Evento foi mediado pela subsecretária-geral de Comunicação Global, Melissa Fleming, e contou com vice-secretária-geral, Amina Mohammed, e com a chefe do Fundo de População das Nações Unidas, Unfpa, Natalia Kanem.
Mulheres que estão topo da Organização das Nações Unidas se reuniram numa mesa redonda para analisar o impacto da pandemia sobre mulheres e meninas e marcar o fim da campanha de 16 de Ativismo contra a Violência a Mulheres.
Participaram a vice-secretária-geral e diretoras executivas do Fundo da ONU para a População, Unfpa, do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, da ONU Mulheres, Sima Bahous, e da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, Unodc.
On-line
A vice-chefe da ONU, Amina Mohammed, lembrou que o atual contexto online se junta aos casos de violência que já vêm acontecendo em escolas e lares.
Ela convida os rapazes e homens a se aliar à conversa global sobre o tema e a assumir suas responsabilidades, defendendo e se erguendo em favor de mulheres e meninas.
Mohammed enfatiza medidas como reforçar a ligação com as sobreviventes de atos violentos, incluindo o estupro.
Ela ressaltou a importância de ouvir as vítimas, e de expor os responsáveis rejeitando a violência baseada no gênero.
Redes sociais
A Organização Mundial da Saúde, OMS, estima que um terço das mulheres será vítima da violência de gênero em algum momento da vida.
Nos últimos meses, aumentou a violência contra as mulheres nas redes sociais somente por expressarem suas opiniões.
Defensoras dos direitos humanos e políticas são alvos de assédio, incluindo o doxxing, que consiste em revelar dados pessoais online. A ONU ressalta que o objetivo “é silenciar mulheres e retirá-las do espaço público e da tomada de decisões políticas”.
A alta de casos da violência na pandemia foi abordada pelo painel com a diretora executiva do Unfpa, Natalia Kanem, e as chefes do Unicef, Henrietta Fore, da ONU Mulheres, Sima Bahous, e da Unodc, Ghada Waly. A relatora especial sobre violência à mulher, Reem Alsalem, também participou no debate.
Para ilustrar a alta alarmante observada na crise da Covid-19, um estudo feito em 13 países revela que um quarto das mulheres entrevistadas disse que se sentia mais insegura em casa desde o início da crise.
Perigo
Metade revelou que se sentia insegura ao andar sozinha à noite, e 20% disseram que tinha esse sentimento ao caminhar durante o dia.
Mas o problema continua presente nos lares, espaços públicos, nas escolas ou nos locais de trabalho onde a violência é “um perigo claro e presente” para mulheres em todo o mundo.
O impacto na vida das mulheres compromete as ambições globais de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Foto destaque: ONU Mulheres/Erica Jacobson –