O velho, o mar e todos nós

Por

Jénerson Alves*

Em 02.09.2022

Ontem, dia 1º de setembro, a publicação do livro ‘O velho e o mar’ completou 70 anos. A obra-prima de Ernest Hemingway provoca emoções e suscita reflexões ainda hoje. Tanto que a obra desponta nas listas de mais vendidos em vários países. Conta-se que, junto aos originais do livro, enviou ao editor um bilhete dizendo: “Eu sei que isso é o melhor que posso escrever na minha vida toda”.|

E ele tinha razão. As poucas páginas que integram a obra representam uma das mais belas histórias escritas por alguém. O livro narra a história do velho pescador Santiago, que já havia desistido das pescarias. Ele é ajudado pelo garoto Manolim, com quem nutre uma bonita relação de respeito e convivência.

Sem dúvida, um dos trechos mais impactantes de ‘O velho e o mar’ trata do momento em que Santiago decide voltar ao mar. Em certo momento, fisgou um peixe gigantesco. São dias e noites de luta entre o homem e o peixe – ou, mais ainda, entre o homem e sua consciência.

Não por acaso, ‘O velho e o mar’ garantiu ao autor o prêmio Pulitzer em 1954 e, um ano depois, o Nobel de Literatura. É uma leitura que possibilita ao leitor vislumbrar novos horizontes do mar da vida, no qual somos todos pescadores cansados em um barquinho.

*Jénerson Alves é jornalista e membro da Academia Caruaruense de Literatura de Cordel. Escreve às sextas-feiras.

Imagem: Jénerson Alves