Bilac, o poeta que ouvia estrelas

Por

Jénerson Alves*

Em 16.12.2022

No dia 16 de dezembro de 1865, nasceu no Rio de Janeiro um dos maiores poetas brasileiros: Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac. Certamente, o mais famoso da ‘trindade parnasiana’, formada com Alberto de Oliveira e Raimundo Correia.

Professor, jornalista, conferencista, um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Inúmeras são as características que marcaram sua vida; contudo, sem dúvida, o nome ‘Poeta’ é a qualidade que domina em seus atributos.

Álvaro Lins e Aurélio Buarque de Holanda, ao comentarem sobre o autor, assim registraram: “Grande artista do verso, adquiriu no seu último livro, ‘Tarde’, uma serenidade, uma altitude de imaginação e pensamento que ainda mais lhe valoriza a obra”.

Bilac também escreveu obras como ‘Crítica e Fantasia’, ‘Conferências Literárias’, ‘Crônicas e Novelas’, além de redigir livros em colaboração a Guimarães Passos, Manuel Bonfim e Coelho Neto.

Um dos trabalhos mais marcantes é o soneto XIII de Via Láctea, conhecido por muitos como “Orai (direis) ouvir estrelas!”, típico soneto parnasiano que representa o amor a partir da objetividade que perdura no estilo de época. Talvez por “ouvir estrelas”, Bilac foi autor de versos eternos, que ecoam ainda hoje, tanto tempo após a sua partida – que ocorreu também em um mês de dezembro, no dia 18, de 1918.

*Jénerson Alves é jornalista e membro da Academia Caruaruense de Literatura de Cordel. Escreve às sextas-feiras.

Imagem: ABL/Divulgação