As faces do trabalho

Por

Vera Rocha*

Em 02.08.2020

O trabalho é uma lei natural. É o conjunto das atividades realizadas para alcançar um determinado fim ou propósito, de acordo com o dicionário Aurélio. É também uma forma de desenvolvimento das potencialidades humanas e aperfeiçoamento intelectual que impulsiona o progresso. Para o pensador marxista Raymond Williams, a palavra “Trabalho” vem do latim “Tripalium”, que significa instrumento usado na antiguidade para punir devedores de impostos. Tripálio (do latim tardio “tri” (três) e “palus” (pau); literalmente, (“três paus”) é um instrumento romano de tortura, no qual eram supliciados os escravos. Também servia para os agricultores baterem o trigo e o milho. (Fonte: Wikipédia).

Esses conceitos nos fazem pensar que o trabalho pode ser algo que nos leva ao sucesso ou ao suplício.

William Shakespeare afirmou que para o trabalho que gostamos levantamo-nos cedo e fazemo-lo com alegria.

O dito popular diz que “aquele ou aquela, só trabalha porque ladrão apanha na barriga”. Há os que vão ao trabalho como se fossem pra forca. Há os que vivem pra trabalhar e os que trabalham pra viver. Observamos comportamentos compulsivos na atividade laboral, que levam pessoas à viciação no trabalho, por ambição, ganância, fuga psicológica ou outro motivo qualquer.

No ramo das profissões há uma série de relatos daqueles que executam bem seu trabalho e dos que não levam em consideração que, do mesmo, depende uma população. Necessário se faz lembrar que quando um médico erra, pode causar a morte de um indivíduo; quando um engenheiro erra, um prédio ou uma estrutura pode desabar e causar mortes; um motorista, um advogado, um professor, um gari, qualquer profissional que não realize seu trabalho com responsabilidade, pode causar transtorno na vida do outro.

Deixo aqui como exemplo de dedicação ao trabalho, a Dra. Nise da Silveira, a psiquiatra alagoana que transformou seus pacientes loucos em artistas plásticos, realizando uma exposição de seus trabalhos para a sociedade, sendo bem avaliados por críticos da área.

*Vera Rocha é escritora, poeta, psicopedagoga, autora do livro “A cidade vista da minha janela & outros olhares” e membro da Academia Cabense de Letras. Escreve aos domingos.

Foto: centrodepesquisaeformação.sescsp.org.br