Adaptar-se com criatividade é a grande estratégia

Por

Vera Rocha*

Em 23.08.2020

Nos últimos meses, em virtude dos dias duros que assolam a grande massa humana provocado por um vírus devastador da vida na terra, a população tem se reinventado e se utilizado de meios tecnológicos como instrumento de comunicação para não sucumbir ante o medo e a solidão.

Destarte, render-se ante as evidências e aceitar o novo como condição “sine-qua-non” para viver na terra, é atitude inteligente.

A adaptação dos seres vivos ao ambiente é estudo realizado desde os primórdios, na Teoria da Evolução, por grandes estudiosos, cientistas e filósofos que os classificaram, em três tipos: estruturais, fisiológicos e comportamentais.

Hoje, diante de uma tela, homens, mulheres, adolescentes e crianças utilizam as redes sociais para suprir suas necessidades e ampliar horizontes. Mas, essa dialética quase sempre é um grande desafio e contribui para o exercício de sentimentos nobres como respeitar aos outros, entender os seus limites, exercitar a tolerância e a compreensão com as falhas – por saber que também erram -, aprender e ensinar e tantos outros.

O que ontem pode ter sido instrumento de dor, hoje pode ser de renovação. Em outros tempos o aparelho celular foi motivo de muito desconforto nas relações familiares e escolares (e até hoje o é, por se tratar de novidade). Toda ideia nova traz em seu bojo, alguma dissensão. A falta de entendimento e a ignorância tecnológica foram e ainda o são, motivos de grandes transtornos entre adultos, jovens e crianças (com uso apenas para brincadeiras, diversões). Em muitas escolas eles foram desconsiderados, até proibidos de entrar nas salas, recolhidos por professores(as). Nas ruas, motivos de agressão e até mesmo morte. Hoje, une pessoas em rede global, empresas, escolas, cultura e comércio… Enfim, o desafio está posto; Aprender é a palavra de ordem, adaptar-se é a melhor opção e empregar a criatividade é a grande estratégia.

*Vera Rocha é escritora, poeta, psicopedagoga, autora do livro “A cidade vista da minha janela & outros olhares” e membro da Academia Cabense de Letras. Escreve aos domingos.