Como não enxergarmos o óbvio?
Jairo Lima*
Em 25.11.2020
Gostaria de compreender o que passa na cabeça de boa parte da nossa humanidade que ainda não se ocupou de olhar ao próprio derredor e cada um conseguir sacar a mais óbvia das obviedades humanas, que é a existência de algo paralelo a nossa realidade.
Alguns dirão ser o orgulho, outros a sua irmã mais próxima, a vaidade; alguns outros falarão ser a força da matéria sobre tudo que se constitui de espiritual…o fato é que a ignorância, seja lá qual for a motivação, prende e escraviza o homem, chicoteando-o duramente, ao ponto de ele reclamar que não há motivações para os seus infortúnios e sofrimentos, mesmo as dores sendo provenientes da sua invigilância diária, da cegueira voluntária e dos seus erros contínuos.
São incontáveis os relatos de EQM’s (Experiência de Quase Morte) mundo afora, catalogados, analisados e estudados e que deixam atônitos inúmeros cientistas, tamanha a semelhança das experiências, quer elas tenham ocorrido no polo sul ou no polo norte, ou seja, contatos com um mundo paralelo tão vivo quanto o nosso.
E quantas pessoas já relataram e relatam, aqui e alhures, avistamentos de almas com aparências fluídicas e/ou bem próximas da nossa, dos encarnados?
O que falar dos que se curam pela fé, por acreditarem numa energia emanada do universo e que aqui faz “verdadeiros milagres”?
Que dizer dos sonhos premonitórios? Da comunicação vívida com os “mortos”? Das crianças prodígios que atestam conhecimentos inatos “inexplicáveis”?
Que mais quer o homem para retirar a trave dos olhos? Ah, sim, claro! Esperar chegar o fim desta existência para tudo saber, testemunhar, confirmar….pena que neste momento um profundo sentimento de arrependimentos toma conta da alma.
*Jairo Lima é artista plástico e membro da Academia Cabense de Letras.