O Papa Francisco: a economia não favoreça o tráfico de pessoas

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Vatican News

Em 07.02.2021

Na véspera do Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico de pessoas, recordado pelo Papa no Angelus deste domingo, um premente apelo do Santo Padre

Amanhã, memória litúrgica de Santa Josefina Bakhita, uma religiosa sudanesa que viveu a humilhação e o sofrimento da escravidão, é a celebração do Dia de oração e reflexão contra o tráfico de pessoas.

Com estas palavras, no final do Angelus, o Papa antecipou o compromisso de amanhã, segunda-feira, VII Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico de Pessoas, que se celebra em 8 de fevereiro, precisamente, a memória litúrgica de Santa Bakhita, escrava vendida e explorada desde os 9 anos de idade, em uma pequena aldeia em Darfur, no século XIX, e depois se tornou Canossiana, Santa e símbolo do compromisso da Igreja contra a escravidão.

A sétima edição, devido à pandemia, acontecerá inteiramente on-line, em uma verdadeira maratona coordenada por Talitha Kum – a rede de vida consagrada contra o tráfico de pessoas da União Internacional de Superiores Gerais (UISG) – das 10h às 17h, em transmissão ao vivo no canal do YouTube do Dia Mundial (www.youtube.com/c/preghieracontrotratta), com traduções em cinco idiomas.

O Papa também participará com uma mensagem em vídeo que levará sua voz para as diferentes áreas do planeta, para chamar a atenção do público para uma das principais causas do tráfico de pessoas, o modelo econômico dominante, cujas limitações e contradições são exacerbadas pela pandemia de Covid-19. O tema desta edição é: “Economia sem tráfico de pessoas”.

Francisco lembrou isso no final do Angelus, expressando a esperança de que, com a ajuda de Santa Bakhita, homens e mulheres não sejam considerados mercadorias:

“Este ano o objetivo é trabalhar por uma economia que não favoreça, mesmo indiretamente, esse tráfico ignóbil, ou seja, uma economia que nunca faz do homem e da mulher uma mercadoria, um objeto, mas sempre o fim. O serviço ao homem, à mulher, mas não usá-los como mercadoria. Peçamos a Santa Josefina Bakhita que nos ajude nisto.”