Mais de 50% da população na Europa poderá ser infectada pela Ômicron nas próximas semanas
OMS
Em 11.01.2022
Diretor da OMS no continente cita estimativas do Instituto de Métricas e Avaliações de Saúde; Hans Kluge explica que variante já está se tornando a dominante na região europeia, sendo reportada por 50 dos 53 países.
Mais de 7 milhões de novos casos de Covid-19 foram registrados na Europa durante a primeira semana do ano. A variante Ômicron está presente em quase todos os 53 países do bloco.
Os dados foram apresentados nesta terça-feira, em Genebra, pelo diretor da Organização Mundial da Saúde, OMS, na Europa. Hans Kluge destaca que as taxas de mortalidade continuam estáveis no continente, mas são mais altas em países onde a incidência de casos é alta e as taxas de vacinação são baixas.
Infecções em alta
Segundo Kluge, o Instituto de Métricas e Avaliações de Saúde prevê que mais de 50% da população europeia seja infectada pela Ômicron nas próximas seis a oito semanas.
O chefe da OMS na Europa destaca ainda que dados recentes comprovam que a variante é “altamente transmissível e pode infectar até mesmo as pessoas que já tiveram Covid-19 ou que foram vacinadas”.
Mas Hans Kluge volta a enfatizar que as vacinas atuais “continuam fornecendo boa proteção contra sintomas graves da doença e até da morte”, incluindo nos casos de infecção pela Ômicron.
Sistemas de saúde no limite
Na Dinamarca, por exemplo, onde os casos “explodiram nas últimas semanas”, a taxa de internamento por Covid-19 é seis vezes maior em pacientes não vacinados na comparação com aqueles que receberam a dose completa.
O especialista informa que devido a uma escala de transmissão sem precedentes, o índice de internações está aumentando, o que tem sido um desafio para os sistemas de saúde.
Kluge também pediu mais apoio à saúde física e mental dos profissionais de saúde, num momento em que a pandemia entra no terceiro ano.
O diretor da OMS na Europa lembra ser essencial continuar usando máscaras de alta qualidade em espaços fechados, fornecer doses de reforço a grupos vulneráveis e aos professores, garantir ventilação dos espaços (principalmente das salas de aula) e manter a boa higiene das mãos.
Foto destaque: ONU News/Elizabeth Scaffidi –