Homenagens reconhecem valor de Douglas Menezes e Elmo de Freitas

Por

José Ambrósio dos Santos*

Em 06.07.2024.

As suas lutas, as suas bandeiras vivem porque são bandeiras e lutas do povo como Elmo foi e que Douglas tão bem soube descrever e valorizar em suas crônicas.

Ao longo desta semana que se finda dois grandes nomes de gente cabense receberam justas homenagens por suas expressivas contribuições nas áreas da educação, das letras e da boa politica. Douglas Menezes de Oliveira, maior cronista do Cabo de Santo Agostinho nas últimas quatro décadas, e Elmo José de Freitas, homem sério, honrado, simples, que dialogava com todas as forças sociais e políticas em busca do melhor para a cidade e a sua gente humilde.

Douglas Menezes autografa livro.

Professor, contista, compositor, cronista e escritor, Douglas Menezes dá nome à uma nova escola municipal de tempo integral  inaugurada na segunda-feira (01.07) em Ponte dos Carvalhos.

Menino de engenho, ex-cortador de cana de açúcar, mas também professor com atuação em diversas secretarias no Cabo, Jaboatão dos Guararapes e Moreno, Elmo de Freitas empresta o nome ao Centro de Formação de Professores, estrutura inaugurada na sexta-feira (05.07) na Avenida Historiador Pereira da Costa, bem ao lado da Biblioteca Municipal Joaquim Nabuco.

As duas homenagens foram propostas pelo presidente da Câmara Municipal do Cabo, vereador Ricardo Carneiro, o Ricardinho, que tinha Douglas e Elmo na condição de amigos e parceiros de lutas.

Douglas e Elmo defenderam com garra e retidão os mesmos ideais, cada um em seus campos de atuação. O que Douglas exprimia com força em seus variados escritos, Elmo, que foi  administrador do Arquipélago de Fernando de Noronha, replicava em negociações nos diversos espaços políticos e de poder, em embates e comícios pelos bairros, periferias e área rural. Em suas agendas, a defesa da cidadania, da democracia, dos direitos humanos, da educação de qualidade e universal, da paz, da equidade, da atenção e valorização aos mais necessitados.

Agendas comuns, estilos diferentes. Douglas, mediador, conciliador com quem todo mundo queria um dedo de prosa, para ‘beber’ da sua intelectualidade. Elmo, sisudo, casca grossa com quem todo mundo sentava para dialogar, pois era reconhecido até por adversários como homem de palavra. Para aquele carrancudo, azul era azul e encarnado era encarnado. E por isso era respeitado e admirado. Todo mundo queria tê-lo por perto, ao seu lado.

As suas lutas, as suas bandeiras vivem porque são bandeiras e lutas do povo como Elmo foi e que Douglas tão bem soube descrever e valorizar em suas crônicas.

Viva Douglas Menezes!

Viva Elmo de Freitas!

*José Ambrósio dos Santos é jornalista, escritor e integrante da Academia Cabense de Letras.