Reaprendendo a viver

Por

Por Carlos Sinésio (*)


Há três meses estamos vivendo um modelo de vida diferente, com a implantação do chamado distanciamento social. Muitas pessoas, por variados motivos, não estão passando por essa experiência. Uns porque precisam trabalhar fora de casa, mesmo correndo sérios riscos de contrair a Covid-19; outros não querem mesmo colaborar com o combate ao novo Coronavírus, que tanto estrago tem feito no mundo.

Até o final de fevereiro, seria inimaginável uma situação como a que vivenciamos nestes três meses. Nunca sonhamos que um vírus, de uma hora para outra, surgido lá na distante Ásia, fosse interferir tão intensamente na vida do planeta Terra. Nunca imaginamos que um quadro de calamidade pública surgisse em tão curtíssimo tempo, tanto que tivemos em fevereiro, aqui no Brasil, todos os festejos carnavalescos aos quais os foliões têm direito.

Trancafiados o maior tempo em casa, estamos aprendendo a viver e a conviver com as pessoas de maneira diferente, mudamos hábitos e costumes. Todos os dias precisamos nos reinventar, aprender novas coisas que antes nem sabíamos que seríamos capazes de fazer. Muitos de nós passamos a trabalhar em casa usando as novas tecnologias e a fazer atividades domésticas que antes eram delegadas a outras pessoas.

Neste momento, mais do que em qualquer outro, descobrimos a necessidade de desenvolver novas habilidades. Inclusive para manter equilibrada a nossa saúde mental, como sempre lembra a minha esposa, a psicóloga Ana Rosa Lira, quando dá aulas on line para seus alunos universitários.

Parte dessas mudanças veio para permanecer entre nós por muito tempo. Por isso, é preciso termos paciência até que a pandemia do novo Coronavírus esteja controlada e apareça uma vacina que nos imunize da triste Covid-19.

Tenha certeza de que não tem sido fácil para ninguém, nem pra ricos nem para os mais carentes. Mesmo em escalas bem diferentes, praticamente todos estamos sendo prejudicados, colecionando prejuízos de toda ordem. Sem falar nas pessoas que adoeceram ou perderam a vida de forma tão trágica, sem que seus familiares e amigos pudessem ao menos ter um encontro de despedida.

Diante de tudo isso, é preciso tirarmos grandes lições e aprendermos, sobretudo, a ser mais humanos e solidários com as outras pessoas. Tudo perde o seu valor quando não se tem mais a vida, o nosso maior e mais sagrado bem. Cabe-nos agora seguirmos as instruções das autoridades sanitárias e orar, rezar, pedir a Deus que nos aponte os bons caminhos para chegarmos algum dia no lugar que cada um de nós deseja.

Reinvente-se! Descubra em você novas habilidades que possam te fazer alguém ainda melhor e mais feliz!
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PS.: Parabenizamos o idealizador e responsável por este Blog, o jornalista José Ambrósio, pela iniciativa. A ele e aos seus colaboradores, desejamos pleno sucesso.

(*) Jornalista