Prêmio da ONU para Policial Mulher contempla boina-azul que atua no Sudão do Sul
Redação, com Agência ONU News
Em 03.11.2020
Trabalhando na Missão da Organização das Nações Unidas (ONU) no Sudão do Sul (Unmiss) desde 2019 com políticas proteção de meninas e mulheres, crianças e pessoas com deficiência, a boina-azul Doreen Malambo, da Zâmbia, teve a sua atuação reconhecida; ela é a vencedora do Prêmio da ONU para Mulher Policial do Ano.
Como boina-azul já trabalhou na Libéria investigando violência doméstica e sexual. Ao chegar ao Sudão do Sul, Malambo buscou obter o apoio dos homens nas comunidades para evitar a violência de gênero.
Com isso, fundou um grupo liderado por policiais homens para levar informação sobre os direitos de meninas e mulheres. Ela também ajudou outros militares a estabelecer redes femininas pelo país africano.
Mensagem forte
A inspetora-chefe afirma que se sente motivada de poder ajudar as mulheres a fazerem a diferença em sua participação na sociedade.
Ela receberá o Prêmio do chefe do Departamento de Operações de Paz, Jean-Pierre Lacroix, na terça-feira, 3 de novembro, numa cerimônia virtual. Em comunicado, Lacroix afirmou que Doreen Malambo incorpora o melhor que existe no policiamento da ONU através de suas ideias e ações.
Momento crucial
Para ele, o trabalho da boina-azul representa uma mensagem forte de proteção e empoderamento de outros ainda mais crucial num momento de pandemia.
O Prêmio da ONU Mulher Policial da Ano foi criado em 2011.
Este ano, a edição tem um significado especial por ser também o aniversário de 20 anos da histórica resolução 1325 do Conselho de Segurança sobre Mulheres, Paz e Segurança e os 60 anos do primeiro envio da Polícia da ONU à operação no Congo.
Atualmente, cerca de 11 mil policiais, 1,3 mil deles mulheres, estão atuando em 16 missões das Nações Unidas pelo mundo.