ONU pede mais rapidez para alcançar neutralidade de carbono até 2050
Redação
Em 11.11.2020
Em mensagem de vídeo exibida na abertura dos Diálogos Race To Zero, ou Corrida ao Zero, uma campanha que mobiliza o apoio de empresas, cidades, regiões e investidores´o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres. disse haver um crescente número de governos e empresas se comprometendo em alcançar a neutralidade de carbono até 2050, mas ressaltou que o mundo ainda está muito aquém dessa meta.
Segundo Guterres até agora, a União Europeia, o Japão a Coreia do Sul e mais 110 outros países se juntaram à iniciativa. A China deve aderir até 2060, acredita ele. “Isso significa que 50% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e metade das emissões globais de dióxido de carbono estão cobertos por um compromisso”, disse.
Além disso, o número de adesões de empresas mais que dobrou no ano passado, chegando a mais de 1,1 mil. Mesmo assim, o mundo “ainda está longe de onde precisa estar”, reforçou.
Guterres disse que o objetivo é limitar o aumento da temperatura em 1,5º C acima dos níveis pré-industriais. E, hoje, o mundo ainda está caminhando para um aumento de pelo menos 3º C.
Os diálogos Corrida ao Zero fazem parte da preparação para o aniversário de cinco anos do Acordo de Paris, em 12 de dezembro de 2020, e da Cúpula da Ambição do Clima, que será realizada nesse dia.
Os eventos serão realizados na internet, e em vários fusos horários, durante os próximos 10 dias. Mais de 100 diálogos virtuais estão programados.
As sessões cobrem os principais temas, como transporte, saúde, energia, indústria, oceanos e água e sistemas alimentares.
Guterres apelou aos participantes que trabalhem com seus parceiros para “promover, desenvolver e implementar planos de descarbonização confiáveis.”
Ele disse ainda que os diálogos são um exemplo da colaboração necessária, mas avisou que, embora o mundo “esteja na direção certa, é preciso mais velocidade.”
Segundo ele, “a janela de oportunidade está se fechando”. Com informações da Agência ONU News.