Nem mesmo uma pandemia abalará a nossa fé
Andréa Galvão*
Em 06.02.2021
Bendito seja o Frei Caetano de Messina, que depois de uma vasta atuação missionária na Itália e no Brasil, põe os pés em solo nordestino e desembarca em Pesqueira.
Pois é! Além da indelével contribuição evangélica e social a esses rincões, ele trouxe na bagagem a adoração a uma santa de sua terra natal (Sicilia). Águeda, a linda jovem de Catânia, passaria a ser cultuada na Freguesia de Pesqueira. A partir daquele momento, meados do século XIX, incansáveis foram os seus esforços para que se construísse um templo para abrigar a ela e seus ardorosos fiéis. O templo foi erguido e as pessoas do lugar passaram a ser íntimos da moça que renunciou à própria vida em nome da fé cristã. Águeda resistiu bravamente às investidas de Quinciano, homem influente que queria desposá-la e, não obtendo êxito, arrancou-lhe os seios e mandou matá-la.
Depois que Santa Águeda tornou-se padroeira da nossa cidade, anos a fio o povo acompanha a procissão da imagem no fim de tarde de todo dia 05 de fevereiro. Embevecido, o mar de gente caminha, ouvindo o hino composto pela imortal Irmã Gazzinelli. Ontem, as vias pesqueirenses não estiveram abarrotadas, porque a pandemia do novo coronavírus impede que pessoas se aglomerem.
Não tem importância! A nossa fé não sucumbirá a esse detalhe. Daqui a pouco muitos de nós esperaremos a Virgem Mártir nas portas ou janelas de nossas casas, nas calçadas ou então a seguiremos de carro por 12 quilômetros. Tudo isso em nome de uma devoção que já dura 150 anos. Iremos todos contritos lhe render graças e gritar em alto e bom som: “Viva Santa Águeda!”
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