Ursula von der Leyen diz “não” ao racismo na União Europeia

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Redação, com Euronews

Em 19.06.2020

Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen – Foto: Comissão Europeia.

“Desconheço o que é ser-se negro ou membro de qualquer minoria étnica, religiosa ou sexual nos lugares em que vivi. Quero deixar claro que na nossa União não há, seguramente, lugar para o racismo ou qualquer tipo de discriminação.” Foi com esta afirmação firme e categórica que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deixou claro na sessão Parlamento Europeu da quarta-feira (16) o seu entendimento de que o racismo e a discriminação não têm lugar na Europa.

A sessão plenária foi iniciada com um debate sobre os protestos contra o racismo e a violência policial que eclodiram nos EUA e na Europa no rescaldo da morte do segurança negro George Floyd, em Minneapolis (EUA), no dia 25 de maio. A morte de George Floyd nas mãos da polícia americana (asfixiado quando se encontrava indefeso) e as imagens do caso correram o mundo, gerando manifestações globais de indignação.

Ainda que a presidente da Comissão Europeia não tenha proposto medidas antirracismo concretas, a eurodeputada francesa Manon Aubry, do Grupo da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Nórdica Verde, disse, em entrevista à Euronews, que é importante haver orientações europeias comuns sobre a atuação da polícia: “Apesar de não ser uma competência da União Europeia, a UE deveria fazer pressão nesse sentido, porque se trata de uma questão de democracia. Em França, por exemplo, um terço da população tem medo da polícia só porque os veem do outro lado.”

Outros, como o eurodeputado húngaro do Partido Popular Europeu Tamás Deutsch, criticam os ataques às estátuas em várias cidades: “É assustador, no presente, quando as pessoas são confrontadas com aspirações tão agressivas e egoístas para reescrever a história. Destruir a estátua de Churchill em nome do combate ao racismo é um exagero mesmo numa abordagem extremamente esquerdista ou totalmente liberal.”

Hoje, os eurodeputados votam uma resolução contra a violência policial em apoio aos protestos pacíficos. Pedem à presidente da Comissão Europeia para fazer chegar a mensagem ao presidente dos EUA, Donald Trump.