No Dia de Mandela, ONU reflete sobre o “legado de um homem extraordinário”
ONU News
Em 18.07.2021
Nobel da Paz e ex-presidente da África do Sul completaria 103 anos neste 18 de julho; secretário-geral destaca que mensagens de Madiba devem ser inspiração num mundo com sociedades mais polarizadas e aumento do discurso do ódio.
Nelson Mandela completaria 103 anos neste domingo, 18 de julho. As Nações Unidas estão lembrando a vida e o legado do líder histórico sul-africano considerado um “defensor global da dignidade, igualdade, justiça e direitos humanos”.
Para celebrar o Dia Internacional de Nelson Mandela, o secretário-geral está prestando tributo “a um homem extraordinário, que personificou as aspirações mais altas das Nações Unidas”.
Biografia
Advogado, Mandela foi líder do movimento contra o apartheid na África do Sul e por isso foi preso, em 1962. Condenado à prisão perpétua, foi finalmente solto em 1990. Três anos depois, foi laureado com o Prêmio Nobel da Paz.
Nelson Mandela foi o primeiro presidente negro da África do Sul, entre 1994 e 1999. Morreu aos 95 anos, em 5 de dezembro de 2013.
António Guterres lembra que “os apelos de Madiba por solidariedade e pelo fim do racismo são muito relevantes hoje, já que a coesão social no mundo é ameaçada pela divisão”.
O chefe da ONU destaca que as sociedades estão “mais polarizadas, com aumento do discurso de ódio, além da desinformação, que está obscurecendo a verdade, questionando a ciência e minando as instituições democráticas”.
Tempos de Crise
Ao marcar o Dia de Mandela, Guterres menciona a Covid-19, que tem prejudicado “anos de progresso na luta global contra a pobreza”. O secretário-geral lamenta que em tempos de crise, os marginalizados e os discriminados são os que mais sofrem”.
Segundo Guterres, a pandemia mostrou a “importância vital da solidariedade humana e da união”, que foram valores transmitidos por “Nelson Mandela na sua luta por justiça”.
O secretário-geral disse esperar que todos fiquem inspirados “com a mensagem de Madiba de que cada um de nós pode fazer a diferença na promoção da paz, dos direitos humanos, na harmonia com a natureza e na dignidade para todos”.
António Guterres pede ainda que todos honrem o apelo de Madiba à ação e fiquem mais fortes graças ao seu legado.