Planos de vacinação na América Latina não priorizam comunidades étnicas, diz Unesco
Unesco
Em 05.08.2021
Agência da ONU publica documento com mais evidências sobre produção, acesso e distribuição de vacinas contra a Covid-19 na região; Unesco defende que imunização leve em conta os direitos humanos, a ciência e os padrões éticos.
A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, acaba de publicar um documento com mais evidências sobre produção, acesso e distribuição de vacinas contra a Covid-19 na América Latina.
A meta é ajudar a melhorar as políticas existentes de vacinação, para que levem em conta os direitos humanos, as ciências e padrões éticos. A Unesco lembra que as vacinas são um bem universal público, por isso é essencial garantir uma distribuição justa e acessível, o mais rápido possível.
Grupos vulneráveis
Segundo a agência da ONU, pessoas que vivem na pobreza e comunidades étnicas da América Latina têm mais chances de serem infectadas com o coronavírus e mais chances de morrerem.
Apesar desses fatores, essas populações não estão sendo prioridade nos planos nacionais de vacinação.
A Unesco sugere aos países que identifiquem as populações vulneráveis e garantam que essas pessoas tenham prioridade para receber a vacina contra a Covid-19, levando em conta riscos epidemiológicos.
Brasil como exemplo
A agência lembra que a produção de vacinas na América Latina não tem sido suficiente e a região acaba ficando dependente da produção em outras regiões do mundo.
A Unesco reconhece, no entanto, que alguns países estão avançando com as pesquisas e o desenvolvimento de vacinas contra o coronavírus, como Brasil, Cuba e México.
A agência recomenda que outras nações apoiem estes projetos para evitar dependência internacional, especialmente se forem levados em conta os índices de contágio nos países latino-americanos.
Foto destaque: Paho/Karen González Abril –